sexta-feira, 26 de janeiro de 2018






             Edward Bach, médico inglês, nascido em 1889 desde cedo demonstrou grande interesse e amor pela natureza, procurando nela um forte poder de concentração, sentido de humor, profunda intuição e sensibilidade, tendo sido no meio dela que encontrou o seu propósito de vida. Deixou-nos um incalculável legado de valor e riqueza, entre 1930 e 1934, descobriu 38 remédios florais, que são uma terapia energética, que auxiliariam o homem, conjuntamente com um modo de pensamento positivo, restituindo-lhe assim a saúde física e auxiliando na harmonização dos corpos subtis (etérico, emocional e mental) e facilitando a livre fluência das energias superiores através da personalidade, libertando o ser humano dos seus erros, causadores da doença e enfermidade, devolvendo-lhe a saúde, a alegria e a felicidade de vida.
            Estes visam despertar e potenciar o poder de transformação consciente dos estados emocionais-mentais negativos (defeitos da alma) em estados emocionais mentais positivos,  que são inerentes a todos os seres humanos, através das diluições das 38 essências florais. Remédios esses que podem ser usados em simultâneo a outros e não provocam efeitos colaterais. Para a sua prescrição deve-se verificar as causas dos sintomas relatados, pois os remédios florais removem os bloqueios emocionais e mentais na sua raiz; deve-se também limitar o numero de remédios florais, numa mesma composição, ao mínimo possível. O ideal é não passar de seis no mesmo frasco quanto menos de cada vez, melhor; deve-se hierarquizar as emoções em desequilíbrio e selecionar as principais desarmonias que dominam o quadro para encontrar o remédio adequado; os estados emocionais e mentais em desequilíbrio devem ser conscientes ou percetíveis à observação de quem prescreve; o remédio atua da superfície para a profundidade. Equilibrada uma situação, poderá emergir um novo aspeto desarmonioso, que requererá outro remédio.
            Segundo Edward Bach e também para mim, o homem possui um corpo físico, que é um templo terreno da alma; e uma alma, um eu superior; pois somos seres vindos aqui com uma missão de obter todo o conhecimento e experiência, desenvolver virtudes e apagar vícios, aperfeiçoar a nossa natureza. A curta passagem por esta terra, que conhecemos como vida, não é mais do que um breve instante no curso da nossa evolução, as nossas almas, que somos nós mesmos, são imortais e os corpos dos quais temos consciência são transitórios.  Bach acredita que desde que as nossas almas estejam em harmonia, tudo é paz e alegria, felicidade e saúde, mas o conflito aparece quando as nossas personalidades são atraídas para fora da missão traçada pela alma, por obra dos nossos desejos ou pela persuasão dos outros, esse conflito é, pois, na sua maioria, a causa principal da doença e da infelicidade. Segundo Bach, não importa qual a nossa condição neste mundo desde que possamos cumprir a nossa missão segundo os desígnios da alma, para que tudo esteja bem e possamos descansar tranquilos qualquer que seja a nossa missão, seja ela superior ou inferior, o importante é que contenha as lições e experiências necessárias para a nossa evolução e desenvolvimento.
O grande postulado é a compreensão da Unidade de todas as coisas, a compreensão de que o criador de tudo o que existe é o amor e de tudo aquilo de que temos consciência é a manifestação desse amor, seja ele um planeta, um seixo, uma estrela ou uma gota de orvalho, um homem ou a mais elementar forma de  vida, sendo possível ter um vislumbre dessa conceção ao imaginarmos o nosso criador como um grande sol brilhante de bondade e amor do qual saem inúmeros raios de luz em todas as direções e que nós e todas as coisas das quais temos consciência somos partículas no final desses raios emitidos para que possamos adquirir experiência e conhecimento. Assim sendo, como todos somos um, qualquer ação contra nós próprios ou contra uma outra pessoa afeta o conjunto, causando imperfeição numa parte, o que se reflete no todo. Vemos assim que, para o autor, podem ocorrer dois grandes erros; a dissociação entre as nossas almas e as nossas personalidades, e a atrocidade ou a falta para com os outros, são pecados que se cometem contra essa unidade, qualquer dos dois gera conflito que nos leva à doença, mas a perceção desse mesmo erro (coisa que normalmente não temos) é um esforço sincero para corrigi-lo levar-nos-á, não apenas a uma vida de alegria e paz , mas também à saúde. Para este autor a doença é em si mesma benéfica e tem por objetivo conduzir a personalidade de volta à vontade divina da alma, dessa forma, podemos ver que ela é inevitável e remediável, pois segundo Bach se pudéssemos perceber por nós próprios os erros que estamos cometendo e corrigi-los através de recursos mentais e espirituais, não havia necessidade de passar pelo sofrimento. Cada oportunidade é nos proporcionada pelo poder divino para corrigir o nosso caminho antes que como ultimo recurso a dor e o sofrimento tenham de ser aplicados. "O conhecimento do propósito da alma e a aceitação desse conhecimento implica o alivio do sofrimento e da enfermidade terrenos, e nos deixa livres para que possamos seguir o curso da nossa evolução com alegria e felicidade." e ainda assim vemos que, "a doença tanto é evitável como remediavél, e é trabalho dos que praticam a cura espiritual e dos médicos fornecer aos que sofrem, em acréscimo aos remédios materiais, o conhecimento do sofrimento causado pelo erro de suas vidas, e da maneira pela qual esse erro pode ser erradicado, para que, assim, se possa restituir ao doente a saúde e a alegria".
            O que conhecemos como doença é o estágio final de um distúrbio muito mais profundo,  para assegurar o verdadeiro sucesso da cura não devemos cuidar apenas desse resultado final, mas sim da verdadeira causa da enfermidade,  ou melhor, o tipo de ação que se está praticando contra a lei divina do amor e da unidade. "As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como orgulho, a crueldade, o odio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição;  e se cada um deles for considerado individualmente, notar-se-á que todos são contrários à unidade." Estes defeitos é que constituem a verdadeira doença e a sua continuidade no tempo, se persistimos depois de termos alcançado um estagio de desenvolvimento que já sabemos que são nocivos, vai ocasionar no corpo os sintomas da doença física, pois estes defeitos são contrários à vontade da lei divina do grande arquitecto supremo - o Amor Universal.  "O sofrimento é o mensageiro de uma lição, a alma envia a doença  para nos corrigir e nos colocar no caminho novamente. O mal nada mais é do que o bem fora do lugar". (Dr. Bach) A prevenção e a cura acontecem quando localizamos e suprimimos, varrendo o erro de dentro de nós mesmos.
            Assim, a cura passará do âmbito dos métodos físicos de tratamento do corpo físico para uma cura mental e espiritual, restabelecendo a harmonia entre a mente e a alma, erradicando assim a causa principal da doença, e seguidamente permitir a utilização dos meios físicos para completar a cura também do corpo. O medico do futuro deverá ter dois objetivos principais, primeiro ajudar o paciente a alcançar o conhecimento de si mesmo e apontar-lhe os erros fundamentais que ele possa estar cometendo, as deficiências de seu caráter que ele teria de corrigir e os defeitos da sua natureza que têm de ser erradicados e substitui-los pelas virtudes que deve desenvolver. E o curador do futuro terá à sua disposição os remédios naturais e maravilhosos que foram dados ao homem para aliviá-lo da doença. O extermínio da doença dependerá das leis que a humanidade possa vir a descobrir para se adaptar com humildade e obediência a elas, estabelecendo assim a paz com a sua alma e adquirindo a verdadeira alegria e a felicidade de vida.   Ao medico caberá ajudar o doente a conhecer a verdadeira causa do seu sofrimento e indicar-lhe as ferramentas pelas quais poderá atingir a harmonia e inspira-lo com a sua fê na sua divindade para vencer a dor e o sofrimento e administrar remédios físicos que o ajudem a harmonizar a sua personalidade e a curar o seu corpo. 
            Vimos que não há nada de acidental no que diz respeito à doença, nem quanto ao tipo ou parte do corpo afetada, como todos os resultados da energia, ela obedece à lei de causa-efeito. As doenças podem ser causadas por meios físicos diretos, como a ingestão de substancias toxicas, acidentes, ferimentos e outros excessos cometidos, mas sobretudo deve-se a algum erro básico no nosso temperamento. Assim  sendo, para alcançar a verdadeira cura não somente devem ser empregados recursos físicos escolhendo sempre os melhores métodos, mas sim eliminar as nossas falhas de dentro de nós mesmos, da própria alma, de onde vem a verdadeira cura, irradiando harmonia do começo ao fim da nossa personalidade.  Há pois um método seguro para eliminar todo o sofrimento, conversão do egoísmo em devoção para com os outros.
            A maior conquista de todas será sempre através do amor, da bondade  e do conhecimento, e quando tivermos desenvolvido essas duas qualidades nada nos atacará e teremos sempre compaixão por tudo o que existe, e sem nos determos, segundo a lei da causa-efeito é a resistência que causa o dano. O nosso objetivo nesta vida é obedecer aos desígnios do nosso eu superior sem nos deixar-mos deter pelas influências dos outros, e isso só pode ser conseguido se seguirmos calmamente o nosso caminho, e se também não interferirmos na personalidade dos outros.
            A falta de individualidade ou seja permitir que a personalidade sofra interferências que a impeçam de cumprir os mandamentos do seu eu superior é fulcral na produção da doença e costuma iniciar-se cedo na vida, por isso é importante debruçarmo-nos sobre a autentica relação pai-filho e mestre aluno. Enquanto pais, o oficio da paternidade consiste em ser um serviço privilegiado e divino, devendo ser respeitado como qualquer outro dever que sejamos intimados a cumprir, capacitando aquela alma para entrar em contacto com o mundo para o bem da evolução. A atitude dos pais deveria e deve resumir-se em dar àquela alma recém-chegada toda a orientação espiritual, mental e física promovendo as suas potencialidades inatas, lembrando sempre que aquele ser é uma alma individual em evolução e que veio ao mundo para adquirir a sua experiência e o conhecimento pelo seu próprio caminho, segundo os desejos do seu eu superior dando-lhe toda a liberdade possível para que se desenvolva sem dificuldades. Sendo este um oficio de serviço para preparar aquele ser recém chegado para a vida, não devendo ser pedido nada em troca à criança, em que o objetivo máximo seja dar carinho, proteção e orientação até que a alma se encarregue da sua jovem personalidade e possa progredir sozinho segundo o seu próprio modo de ser e para que tanto quando possível se tornem aptos a cumprir a mesma tarefa poucos anos depois. A independência, a individualidade e a liberdade devem ser ensinadas desde o inicio e a criança deve ser estimulada o mais cedo possível a pensar e a agir por si própria.  Devemos ter sempre presente que a alma daquela criança da qual nos tornamos guardiões temporários pode ser uma alma mais velha e maior do que nós e pode ser espiritualmente superior a nós, daí que o controle e proteção deve limitar-se às necessidades da jovem personalidade, sem no entanto lhes impor as nossas vontades e ideias, ou qualquer pedido de favores em troca. Enquanto mestre deverá ter sempre presente que o seu oficio deve ser apenas um agente que dê ao jovem orientação e oportunidades de aprender as coisas do mundo e da vida, de maneira que cada criança possa absorver o conhecimento à sua maneira concedendo-lhe liberdade de escolher instintivamente o que seja necessário para o êxito da sua vida, para habilitá-los a ter um mundo melhor do que o nosso, do ponto de vista da moralidade, da solidariedade para com outro e pela dignidade. Até a justiça está a surpreender-nos e a louca ambição está a vencer e o mundo está a degradar-se. A educação deverá ser permanente, dinâmica e evolutiva.
            A partir deste conhecimento poderei ter uma abordagem terapêutica mais esclarecedora e dinâmica e até ser uma mais valia na minha profissão enquanto psicólogo. Estas essências tem como objetivo desbloquear emoções, não só no plano físico mas também no mental e no astral. O terapeuta antes de tratar os outros deve tratar-se primeiro a si próprio, só assim terá capacidade de observar o outro como se observa a si mesmo e poderá prescrever o melhor remédio para aquele que busca o seu auxilio. Nós terapeutas devemos ser um Holly, floral de Bach, para ajudar a pessoa a aceitar e apaziguar o seu conflito, ajudando a pessoa a tomar auto consciência, transformando-se e libertando-se, ajudando a pessoa a abrir-se ao amor incondicional. Deve ser explicado ao paciente que os florais trabalham e curam as emoções através de essências retiradas das flores, a matéria que é o floral, e que esta essência floral não tem contraindicações, é natural e não substitui outros tratamentos.
            Os Florais são substratos energéticos de flores. Cada Flor possui um "quantum" de energia. A frequência vibracional das flores é transferida para a água, que passa a vibrar ressonantemente com a frequência da flor. Essas vibrações são absorvidas pelo ser humano produzindo bem estar e harmonizando as estruturas emocionais e mentais desencadeadoras de doenças.
            O medicamento à base dos Florais de Bach  não deve ser ingerindo com café, nem se deve lavar os dentes após ou antes de tomar o floral, pois a cafeina e o fluor cortam-lhe o efeito.  O Floral não deve estar perto de radiações Magnéticas, telemóveis, computadores, pois o floral é feito da energia das plantas  e pode perde-la, estando em contacto com essas radiações.
            Como foi dito atrás e sentindo-se, como também foi dito atrás, o que a humanidade está sofrendo, busque-se com auxilio da natureza soluções alquímicas, transformando-se as emoções que terão de ver com o amor ao outro, a sua perfeição, o aumento do conhecimento, para a cura de qualquer doença física e que auxiliará o aumento do apetite do humano para a sua evolução intelectual, a sua humanidade, dignificando-se.
            A ciência, a espiritualidade e a educação deverão caminhar de mãos dadas rumo a um futuro sem enfermidade, onde através dos raios de luz do Sol criador iluminarão os nossos caminhos rumo a uma vida com saúde, alegria e felicidade plenas.

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