domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril - 36 anos Depois


Com o 25 de Abril de 1974, deu-se uma grande mudança histórica no país. A revolução de Abril permitiu ao país alcançar a liberdade e democracia tão desejadas. O país fechado alargou os horizontes e anos mais tarde integramos a União Europeia o que permitiu o desenvolvimento do país.

Trinta e seis anos mais tarde, olhamos os valores de Abril e interrogamo-nos se estes são uma realidade nos nossos dias, ou uma mera utopia?
Somos um país, em que para se ser aceite na comunidade, já não basta o mérito nem a humildade, tem de se ter o cartão de um partido, seja ele qual for, para se ser aceite na comunidade e assim, podes ascender socialmente mesmo sem mérito. Onde está a sociedade igualitária? Quando as desigualdades sociais são cada vez mais notórias e onde as grandes fortunas de alguns são feitas à custa da miséria de muitos. Onde os políticos que nos têm governado estão quase todos em administradores de grandes empresas, a ganhar altos ordenados. Será que não estarão a ser compensados pelos serviços prestados aos detentores do poder económico? Mas o povo, esse continua a viver miseravelmente após o 25 de Abril de 1974. Onde estão os valores da igualdade, da liberdade, da solidariedade que tanto foram apregoados? A corrupção, essa continua a emergir, descaradamente…

Valerá a pena comemorar o 25 de Abril, só pelo simples facto de o comemorar? É importante, mas isso só não chega! Devemos aproveitar este dia para debater e reflectir sobre a nossa situação actual enquanto país. Temos o dever de reflectir no que significou o 25 de Abril, nos seus valores e se eles realmente existem.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Liberdade, Educação, Cidadania

Num mundo em que toda a gente fala de liberdade, o que é a liberdade? Sabem? É ter direitos, mas o que é ter direitos? Será que só temos direitos? Ou também teremos obrigações? Normalmente quando alguém diz, eu tenho direito a fazer isto e a fazer aquilo porque tenho esse direito, batem logo de seguida com a mão no peito, com arrogância e expressando o seu direito como um dado adquirido. Será que ter liberdade, é ter liberdade de fazer o que me apetece, e passar por cima dos outros, menosprezando-os, ofendendo-os diariamente, só porque nos ferem o orgulho.

O Problema da nossa sociedade, é um problema de educação, não pode existir liberdade de expressão nem liberdade democrática, se não existir uma educação plena, justa e harmoniosa, educar, não é só educar para os direitos mas é também educar para os deveres. É cada cidadão do mundo, ter consciência dos seus direitos, mas também dos seus deveres e obrigações enquanto cidadão, é educar para os valores, nomeadamente valores humanos, solidários e de partilha. Educar para os direitos, é educar para a cidadania, para a sociedade, eu só posso educar para os direitos se educar em consonância com os direitos do outro.

A possibilidade de maior acesso à informação, notadamente dos grupos sociais mais excluídos, pode potenciar mudanças comportamentais necessárias para uma actuação mais orientada para o interesse de todos. Cidadãos bem informados, ao se assumirem enquanto cidadãos plenos dos seus direitos mas também das suas obrigações, tornam-se cidadãos participativos e motivados para acções de responsabilização e de participação comunitária.